terça-feira, 11 de junho de 2013

Momento Banca Especial: Síndrome de Estocolmo em livros

Vou confessar para vocês que a minha segunda leitura de A Carícia do Vento trouxe a tona alguns questionamentos para mim, o que mais marcou foi como a "Síndrome de Estocolmo, está presente em livros de banca. Como já foi um tema super recorrente nas histórias antigas, denominadas de florzinha e atualmente em alguns livros, mas com força menor.
Para tal fiz uma pesquisa então, sobre alguns conceitos do do fato e vou trazer para vocês:
"Síndrome de Estocolmo é um estado psicológico pessoal, que se desenvolve em pessoas que são vítimas de sequestro, em que a vítima desenvolve sentimentos de lealdade para com o sequestrador apesar da situação de perigo em que se encontra colocada.
Também é referida em situações com tensões similares às do sequestro como casos de rapto, incluindo o rapto de noivas, casos de violação, cenários de guerra, sobreviventes de campos de concentração, pessoas que são submetidas a prisão domiciliária por familiares e também em vítimas de abusos pessoais, como mulheres e crianças submetidas a violência doméstica e familiar.
Síndrome de Estocolmo foi assim designado em referência ao famoso assalto do Kreditbanken em Norrmalmstorg, Estocolmo, em Agosto de 1973, que durou seis dias. Nesse assalto com sequestro as vítimas continuaram a defender seus captores mesmo depois dos seis dias de prisão física terem terminado e mostraram um comportamento reticente nos processos judiciais que se seguiram.
Os sintomas associados ao síndrome são consequência de um stress físico e emocional extremo por parte da vítima e ocorrem sem que a vítima tenha consciência disso, funcionando a identificação afetiva e emocional com o sequestrador como o objetivo de proporcionar afastamento emocional da realidade perigosa e violenta à qual a pessoa está a ser submetida. Simultaneamente a vítima  não ficando totalmente alheia à sua própria situação, mantém-se alerta para o perigo e é esse estado de consciência que faz com que a maioria das vítimas, tente em algum momento, escapar , mesmo em casos de cativeiro prolongado."

Bom eu li estes trecho algumas vezes e só pensei o seguinte, existem vários e vários livros de banca, que a gente ama ou odeia que abordam a questão. Eu parei para pensar, na quantidade de livros de Sheik, no qual eles pegam as protagonista e levam para seu castelo, sua tenda, deserto entre outros e não deixam sair de lá  e por motivos variados, este tema é muito recorrente das histórias e eu posso fazer uma lista enorme do que eu já li sobre isso:
  • ·         O Sheik do Oasis Negro - Margaret Pageter
  • ·         O Sheik de Rhyan - Sara Wood
  • ·         A Vingança do Sheik- Emma Darcy
  • ·         A Joia mais Valiosa - Alexandra Sellers
  • ·         Prisioneira do Desejo- Emma Darcy

Bem são esses que eu me lembro agora, mas existem vários que eu não sei o nome hehehe. Temos também os de assuntos que não envolvem Sheiks e para mim são bastante polêmicos, pois apresentam sentimentos bastantes contraditórios e motivos com péssimas explicações:
  • ·         Inferno em teus braços - Robyn Donald
  • ·         O Resgate - Madeleine Ker
  • ·         A Carícia do Vento - Janet Dailey ( este é claríssimo e a cara do tema)
  • ·         O Filho do Demônio - Violet Winspear
  • ·         A Substituta - Margareth Rome
  • ·         Uma turma de livros da Lynne Graham, que abordam com sutileza a questão.

Olha isso me levou a um determinado pensamento, seria então uma fantasia íntima da mulher, ser "raptada" e levada a um lugar para ficar a mercê de um homem, no qual se torna totalmente dependente do homem, porque é exatamente isto o que acontece nesse tema extremamente abordado nos livros, são mocinhas que as vezes até tem profissões bacanas, mas que ao passar por exatamente a situação de "sequestro", largam tudo para ficar com a pessoa. Isso gerou uma grande curiosidade em mim e perguntei inclusive sobre tal fato numa roda de amigas, aparentemente todas pensam que não, que atualmente as mulheres não desejam mais esse fato, devido ao feminismo independência conquistada e bláblábla´, mas então porque até hoje livros super comentados em sites especializados abordam claramente este tema e são adorados por várias leitoras, a fantasia do sheik levando para sua tenda no deserto, ainda está bastante presente na vida feminina? Eu fico pensando, isto tudo é obra da sociedade que ainda visa a importância extrema do homem na vida da mulher, ou nós mesmos no fundo ainda queremos um homem que nos torne totalmente dependente deles?




2 comentários:

  1. No meu ponto de vista seria mais a situação que a mulher deseja viver um amor sem limites, o desejo de ficar impotente diante desse homem faz parte da fantasia. Porque é assim que vivemos de certa forma para fugir derepente do caos que é a vida ou realidade.

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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