Vou confessar para vocês que a
minha segunda leitura de A Carícia do Vento trouxe a tona alguns
questionamentos para mim, o que mais marcou foi como a "Síndrome de
Estocolmo, está presente em livros de banca. Como já foi um tema super
recorrente nas histórias antigas, denominadas de florzinha e atualmente em
alguns livros, mas com força menor.
Para tal fiz uma pesquisa
então, sobre alguns conceitos do do fato e vou trazer para vocês:
"Síndrome de Estocolmo é
um estado psicológico pessoal, que se desenvolve em pessoas que são vítimas de
sequestro, em que a vítima desenvolve sentimentos de lealdade para com o
sequestrador apesar da situação de perigo em que se encontra colocada.
Também é referida em situações
com tensões similares às do sequestro como casos de rapto, incluindo o rapto de
noivas, casos de violação, cenários de guerra, sobreviventes de campos de
concentração, pessoas que são submetidas a prisão domiciliária por familiares e
também em vítimas de abusos pessoais, como mulheres e crianças submetidas a
violência doméstica e familiar.
Síndrome de Estocolmo foi assim
designado em referência ao famoso assalto do Kreditbanken em Norrmalmstorg,
Estocolmo, em Agosto de 1973, que durou seis dias. Nesse assalto com sequestro
as vítimas continuaram a defender seus captores mesmo depois dos seis dias de
prisão física terem terminado e mostraram um comportamento reticente nos
processos judiciais que se seguiram.
Os sintomas associados ao
síndrome são consequência de um stress físico e emocional extremo por parte da
vítima e ocorrem sem que a vítima tenha consciência disso, funcionando a
identificação afetiva e emocional com o sequestrador como o objetivo de
proporcionar afastamento emocional da realidade perigosa e violenta à qual a
pessoa está a ser submetida. Simultaneamente a vítima não ficando totalmente alheia à sua própria
situação, mantém-se alerta para o perigo e é esse estado de consciência que faz
com que a maioria das vítimas, tente em algum momento, escapar , mesmo em casos
de cativeiro prolongado."
Bom eu li estes trecho algumas
vezes e só pensei o seguinte, existem vários e vários livros de banca, que a
gente ama ou odeia que abordam a questão. Eu parei para pensar, na quantidade
de livros de Sheik, no qual eles pegam as protagonista e levam para seu
castelo, sua tenda, deserto entre outros e não deixam sair de lá e por motivos variados, este tema é muito
recorrente das histórias e eu posso fazer uma lista enorme do que eu já li
sobre isso:
- · O Sheik do Oasis Negro - Margaret Pageter
- · O Sheik de Rhyan - Sara Wood
- · A Vingança do Sheik- Emma Darcy
- · A Joia mais Valiosa - Alexandra Sellers
- · Prisioneira do Desejo- Emma Darcy
Bem são esses que eu me lembro
agora, mas existem vários que eu não sei o nome hehehe. Temos também os de
assuntos que não envolvem Sheiks e para mim são bastante polêmicos, pois
apresentam sentimentos bastantes contraditórios e motivos com péssimas
explicações:
- · Inferno em teus braços - Robyn Donald
- · O Resgate - Madeleine Ker
- · A Carícia do Vento - Janet Dailey ( este é claríssimo e a cara do tema)
- · O Filho do Demônio - Violet Winspear
- · A Substituta - Margareth Rome
- · Uma turma de livros da Lynne Graham, que abordam com sutileza a questão.
Olha isso me levou a um
determinado pensamento, seria então uma fantasia íntima da mulher, ser "raptada"
e levada a um lugar para ficar a mercê de um homem, no qual se torna totalmente
dependente do homem, porque é exatamente isto o que acontece nesse tema
extremamente abordado nos livros, são mocinhas que as vezes até tem profissões
bacanas, mas que ao passar por exatamente a situação de "sequestro",
largam tudo para ficar com a pessoa. Isso gerou uma grande curiosidade em mim e
perguntei inclusive sobre tal fato numa roda de amigas, aparentemente todas
pensam que não, que atualmente as mulheres não desejam mais esse fato, devido
ao feminismo independência conquistada e bláblábla´, mas então porque até hoje
livros super comentados em sites especializados abordam claramente este tema e
são adorados por várias leitoras, a fantasia do sheik levando para sua tenda no
deserto, ainda está bastante presente na vida feminina? Eu fico pensando, isto
tudo é obra da sociedade que ainda visa a importância extrema do homem na vida
da mulher, ou nós mesmos no fundo ainda queremos um homem que nos torne
totalmente dependente deles?
No meu ponto de vista seria mais a situação que a mulher deseja viver um amor sem limites, o desejo de ficar impotente diante desse homem faz parte da fantasia. Porque é assim que vivemos de certa forma para fugir derepente do caos que é a vida ou realidade.
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