Eu já falei aqui que não sou
muito fã de clássicos históricos, não tenho um motivo específico para tal, só
acho que me identifico mais com os romances contemporâneos e também porque
estes são mais rápidos e leves também, o que pode ser até considerado um motivo
fútil, só que eu tenho que falar dessa história.
Livro: Mel do Pecado - Barbara
Leigh
Sinopse: A história de um amor polêmico que transgride todas as leis. O
mais profundo desespero assaltava Connaught. Contra todos os valores de
guerreiro medieval apaixonara-se por outro homem! Amava Drue Duxton, ansiava
desesperadamente pelo corpo dourado de mel e sol do lendário cavaleiro que o
tornara prisioneiro em terras inglesas. Como desejava expiar esse sentimento
que ameaçava sua vida e sua alma com o fogo do inferno. Seu amor por Drue era a
um só tempo benção e maldição! Drue compadecia-se do prisioneiro, cujos olhos
azuis cheios de céu refletiam o peso de todos os pecados! Mas não podia lhe
aliviar os tormentos. Ela havia renegado seu sexo por juramento e por opção.
Não me xinguem, mas não tenho
uma opinião formada sobre essa contraditória e fascinante história, já tive
momentos que não gostava de jeito nenhum, outros que achava muito bem escrita e
outras que curtia e tal, mas que não fazia diferença. Mas o fato é que essa
história, é muito polêmica e mexe justamente com os sentimentos do principal
público dos romances, que são as mulheres. Vou confessar que não gostei porque
por várias vezes achei que a protagonista fosse realmente um homem, hoje eu já
penso o seguinte o que tem de mal nisso? A aparência não a torna menos mulher,
e sendo ela um produto do meio que foi criada, digamos que ela conseguiu ser
muito bem sucedida, principalmente numa época que mulher era vista como um
objeto do pai, do marido.
É um livro sangrento, sim a
guerra é mostrada dos piores jeitos possíveis, envolvendo crianças, mulheres,
tanto é que o romance envolve dois inimigos de guerra Drue e Connaught, numa
disputa de gato e rato. Com isso eu só posso pensar que guerra não compensa de
jeito nenhum (naquele clichê de ser).
Mas o livro tem mais polêmica,
sim tem uma situação real de homossexualismo de um personagem secundário da
história e a insinuação do fato nos protagonistas, que para muitas leitoras e
eu também achei por muito tempo, que não era bonito, e que a protagonista não
era muito feminina e tal, mas enfim não é necessário aquele padrão longos cabelos
e curvas voluptosas para definir uma mulher e Drue é sim uma grande mulher.
O livro deixa então uma triste
lição de que as vezes para se destacar a mulher tem que ser "meio
macho", infelizmente ainda acho que isso é um pouco de realidade, que
precisa ser mudada claro.
Sobre Connaught, eu confesso
que não curti muito sabe, achei que ele foi coadjuvante do contexto, poderia
ser ele, ou, Tomas, Piers, Julio entre qualquer outro homem sabe, agora Drue
não é somente ela.
O final da história é bem
diferenciado e esse eu confesso que até hoje gostei bastante.
Acho que vale a leitura sim, mesmo que seja pela polêmica do enredo.