terça-feira, 19 de maio de 2015

Primeiro e Único - Emily Giffin

A resenha de hoje reflete algo que ando analisando de uns tempos para cá, realmente eu ando desejando livros mais maduros, com personagens mais velhos e dilemas diferenciados. Talvez por isso eu tenha gostado tanto dessa estória.
Livro: Primeiro e Único - Emily Giffin
Editora: Novo Conceito
Ano: 2015
Páginas:448
ISBN-13: 9788581635972

Sinopse: Primeiro e Único - Shea tem 33 anos e passou toda a sua vida em uma cidadezinha universitária que vive em função do futebol americano. Criada junto com sua melhor amigas, Lucy, filha do lendário treinador Clive Carr, Shea nunca teve coragem de deixar sua terra natal. Acabou cursando a universidade, onde conseguiu um emprego no departamento atlético e passa todos os dias junto do treinador e já está no mesmo cargo há mais de dez anos.
Quando finalmente abre mão da segurança e decide trilhar um caminho desconhecido, Shea descobre novas verdades sobre pessoas e fatos e essa situação a obriga a confrontar seus desejos mais profundos, seus medos e segredos.
A aclamada autora de Questões do Coração e Presentes da Vida criou uma história extraordinária sobre amor e lealdade e sobre uma heroína não convencional que luta para conciliá-los.

Eu cheguei algumas determinadas conclusões sobre o livro, ou realmente eu sou do contra demais e adoro ser assim, ou talvez pelo fato de que tem uns 4 anos que eu não leio nada da autora e meu amadurecimento tenham feito eu adorar demais o enredo.  Pois eu fui pesquisar a recepção da estória e o que eu vi de gente decepcionada e  também enojada não foi pouca. Claro que um livro da autora para variar sempre tem aquele assunto extremamente polêmico, que faz você ficar enojada ou não. Como sempre eu fiquei pensando se iria concordar ou não, e digo que as habilidades de advogada da autora foram muito bem aplicadas aqui e sim, eu concordei em partes com a estória embora tenha soltado diversas vezes o meu P      Q         P tradicional e falada pausadamente. Outro fator que eu achei de destaque no livro foi o excesso de futebol americano, querendo saber a verdade eu amei tudo isso. Adoro livros que tem um esporte bem colocado como plano de fundo, claro que tivemos vários jargões sobre o esporte que eu não sabia e alguns que eu entendia até bem , mas amei muito a forma como o enredo foi explorado, como se o futebol, fosse verdadeiramente uma religião, muito semelhante com o amor que nós brasileiros temos pelo nosso futebol. Outro comentário que gostaria de fazer é que relacionando com o tempo que não leio nada da autora eu fiquei  bem satisfeita com a forma como ela explorou o enredo, pois em outros livros dela achei um tanto reflexivo até em excesso, nesse eu achei que ela deixou a estória rolar de forma natural, com alguns pontos muito bem analisados, então fiquei curiosa para ler outras obras dela que foram bem elogiadas para ver se realmente perdi a evolução dela.
Não posso contar muito sobre o enredo, pois a graça dos livros da Emily está em definitivamente ir descobrindo o que ela quer e assim ficar em estado de choque. Contudo posso falar que gostei muito da protagonista Shea, ela é uma apaixonada por futebol americano e pelo que faz, embora poderia se conseguisse sair de sua zona de conforto ter um emprego melhor. Ela parece ser uma mulher bem interessante, sabe tudo de futebol, é decidida autoconfiante e dedicada ao esporte. Teve alguns momentos de imaturidade na estória, mas nos momentos decisivos foi mais consciente do que tudo, uma heroína incomum porém diferenciada, como foi falada ela é uma mulher simples e muito autêntica. Gostei muito do Treinador Carr, mas não acho que ele se parece com George Clooney, tava mais para Robert Downey Jr. na minha concepção, mas digamos que ele é um homem bem interessante, cheio de vitalidade para seus 55 anos. Inicialmente achei que Lucy seria uma péssima personagem, sofrendo o livro inteiro, mas no todo eu gostei bastante dela, teve ótimas decisões em momentos cruciais do enredo e pesar da aparência um pouco fútil era uma excelente mulher, Eu gostei demais de Miller, sério que a vibe homem que não cresceu e o jeito engraçadinho me cativaram e no final da estória ele foi excelente, Ryan, foi um personagem bem denso que refletiu algumas questões importantes do futebol como a violência, além do passado problemático. Eu também amei demais o pai da Shea, ele errou mas foi coerente em vários momentos do livro e deu conselhos bem importantes.

Uma trama excelente que mostra a paixão pelo futebol e pela vida. Decisões difíceis e situações incontroláveis, o livro me cativou o tempo todo e eu fiquei desejando ler sem parar. Porém contudo gostaria de fazer algumas resalvas sobre o finalzinho da trama que me deu uma decepcionada, mas ainda assim uma leitura super, mega indicada e que foge desses new adult imaturos que tem tantos por aí. Definitivamente não considero Emily escritora de chick-lit.

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