Até que
enfim tive uma inspiração um super insight, podemos dizer e eis que temos a
resenha de hoje mais especial impossível. Como eu disse no post de resenha
anterior a autora me marcou de tal forma que fiquei curiosa em ler seus
trabalhos anteriores e esse aí foi um dos que eu tive contato:
Livro:
Laços Inseparáveis - Emily Giffin
ISBN-13:
9788563219473
ISBN-10:
8563219472
Ano:
2012 / Páginas: 448
Sinopse:
Marian Caldwell é uma produtora de televisão de 36 anos, vivendo seu sonho em
Nova York. Com uma carreira bem-sucedida e um relacionamento satisfatório, ela
convenceu todo mundo, inclusive si mesma, que sua vida está do jeito que ela
deseja. Mas uma noite, Marian atende a porta... para apenas encontrar Kirby
Rose, uma garota de 18 anos com a chave para o passado que Marian pensou ter
deixado para trás para sempre. Desde o momento que Kirby aparece na sua porta,
o mundo perfeitamente construído de Marian — e sua verdadeira identidade — será
chacoalhado até o fim, fazendo ressurgir fantasmas e memórias de um caso de
amor apaixonado que ameaça tudo para definir quem ela realmente é.
Para a
precoce e determinada Kirby, o encontro vai provocar um processo de
descobrimento que a leva ao começo da vida adulta, forçando-a a reavaliar sua
família e seu futuro com uma visão sábia e doce.
Enquanto
as duas mulheres embarcam em uma jornada para encontrar o que está faltando em
suas vidas, cada uma irá reconhecer que o lugar no qual pertencemos normalmente
é onde menos esperamos — um lugar que talvez forçamos a esquecer, mas que o
coração se lembra eternamente.
Bem eu
custei a tomar um ramo com esse livro no início, tive até que dar uma grande
insistida de leitura e que bom que eu insisti. Eu amei muitas coisas nessa
estória, nem tanto quanto o lançamento da autora mas de um outro jeito. Eu me
identifiquei horrores, eu amo grunge, Alice In Chains, Pearl Jam, STP ( que nem
muito grunge é), então pegar uma trilha sonora desse tipo para acompanhar o
livro foi uma coisa de louco, ainda por cima com o Pearl vindo no final do ano.
Amei o bar, amei a vibe adolescente, amei demais os flashbacks, porém achei que
a estória não teve um grande problema e por isso não precisou de um grande
desfecho sabe, então por isso eu gostei mais do desenvolvimento dos livros
anteriores da autora.
Mas
vamos lá Marian, tem uma vida perfeita uma "torre de marfim" como é
falado no livro, produtora de um seriado de sucesso, morando numa cobertura top
e com um relacionamento top cok o CEO da rede de televisão que ela trabalha,
porém todo mundo que sabe que quando começa assim nos livros é porque tem algo
muito sério a ser desenvolvido. Marian antes de entrar na faculdade atrás de
seu sonho de ser uma escritora de filmes, se envolveu com um grunge fascinante
e sem perspectivas de futuro, numa paixão de verão jovem e fulminante ao som de
Small Town e Daughter do Pearl Jam ( posso imaginar Bradley Cooper cantando
Daughter para mim??), nessa loucura ela acaba ficando grávida e numa decisão
tomada em conjunto com a mãe resolve dar a criança para adoção, porém ela nunca
se esqueceu do assunto nem por um dia. Então é aí que estória começa, Kirby
encontra a mãe 18 anos depois, movida por curiosidade danada e Marian vai ter
que lidar com o passado, pois você não consegue se esconder dele, nesse ponto
ela tem que enfrentar seu namorado, pais e principalmente localizar e ficar de
frente com Conrad Knight, o grunge tresloucado com quem ela havia perdido a
virgindade e que não sabia que tinha uma filha.
Então
vamos lá eu gostei da forma como o assunto foi tratado, não houve pedradas,
acusações nem nada disso. Gostei muito da maturidade da Kirby no convívio com a
"mãe", foi algo impressionante, apesar de que ela não era tão mocinha
assim, e sim eu gostei dos dois pontos de vista na estória, achei que foi
extremamente necessário. Achei que poderia ter explorado mais Peter, o namorado
da Marian, geralmente a autora explora todos os personagens diretamente ligados
na protagonista mas sério que senti falta disso nesse livro. Também achei que
elas custaram a localizar Conrad, ela apareceu no contexto atual com digamos no
máximo umas 80, 90 páginas claro que com uma presença imponente, cantando Pearl
Jam para minha alegria e muito feliz e sim eu achei que por isso o livro
deveria ter tido mais páginas para que ele pudesse ser melhor trabalhado. Sobre
o tão criticado final, vai aqui meu momento do contra, eu gostei do final, pois
não acho que a teia do passado seria resolvida em tão pouco tempo, e como todo
leitor sabe o livro nunca tem fim na nossa cabeça, mas para esse contexto eu
achei bastante satisfatório. Então é isso o livro é Emily sendo ela novamente,
leitura madura, personagens interessantes e um toque de ousadia e sexo sem
ficar piegas, romance aqui tivemos pouco mas ainda assim do tipo fazer a gente
suspirar. Como dizem muitos colegas "Grunge Vive".
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