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sábado, 18 de abril de 2015

Cabeça Tubarão - Steven Hall

A resenha de hoje tem um gosto especial, presente de aniversário, livro que tem uns 4 anos que quero ler e uma história totalmente diferente de tudo que já li. Vamos então analisar:
Livro: Cabeça Tubarão - Steven Hall

Sinopse: Cabeça tubarão - Certo dia, Eric Sanderson acorda sem vestígios de memória: não sabe quem é, onde está, nem como foi parar ali. Não encontra nenhuma foto ou documento com seu nome estampado. Como se não bastasse, começa a receber cartas de si mesmo. Guiado por elas, conhece uma psiquiatra, que o recebe no consultório com um diagnóstico tenebroso: amnésia dissociativa, uma forma rara da doença, que arrasta suas lembranças de volta à estaca zero toda vez que ele apresenta algum progresso. Segundo a médica, Eric perdeu a namorada há três anos em um acidente na Grécia, e desde então começou a apresentar lacunas na memória. A doença só piorou, e a cada recorrência - aquela seria a décima primeira - ele lembrava menos. Porém aos poucos Sanderson descobre que suas memórias não foram perdidas, mas devoradas por um tubarão de idéias que continua em seu encalço. Enquanto foge desse monstro feito literalmente de palavras, vai juntando as pistas de sua identidade perdida, com a ajuda das cartas que enviou para si mesmo do passado.
Entre túneis de palavras, subterrâneos de papel, sociedades secretas de arqueologia, monstros conceituais e amores de carne e osso, Sanderson encontra outro poderoso inimigo de identidades, além de um cientista samurai afundado em papéis e inúmeras figuras pitorescas que se juntam a ele na caçada final. "Cabeça Tubarão" é um verdadeiro jogo com o mundo conceitual e o real, e sua originalidade se estende aos truques tipográficos, às criaturas de palavras que saltam de suas páginas e à criptografia de textos. Por todo o livro, há códigos e mistérios a serem decifrados, numa prosa que combina o ritmo frenético de um blockbuster com o refinamento literário de um escritor jovem e promissor.


O autor me surpreendeu, eu nunca vi tanta criatividade em uma história só, tudo bem que inicialmente tive lembranças de filmes como A Identidade Bourne e Amnésia que eu adoro e eu senti uma vibe Dan Brown super básica. Porém tive uma história super diferente, e várias vezes até difícil de imaginar toda a parte conceitual. Quando leio estórias assim eu só consigo pensar como esse cara acordou um dia e disse, acho que vou escrever sobre uma coisa bem louca. Além do que começar uma história com uma referência do apaixonante filme Casablanca, já faz essa autora quase cair de amores pelo livro. Mas então o fulano, vou chamá-lo assim acorda e não lembra de nada de sua vida. Eu sinceramente achei que toda essa perda de memória lembrou muito o Mal de Alzheimer, porém ele consegue se comunicar com uma psiquiatra através de um recado deixado por ele mesmo no caso Eric Sanderson.  A médica explica então para o paciente que ele sofre de distúrbio de memória pós traumático, devido a morte de sua namorada em um acidente numa ilha grega no qual ele estava junto. Com isso ela dá uma série de dicas para o protagonista seguir que para variar, ele não segue nenhuma. Com isso Eric persegue que existe uma criatura, um tubarão conceitual perigosíssimo, que está perseguindo e devorando suas memórias, com isso então ele junta situações de física quântica, o real e o conceitual e não espaços, criando campos de controle e proteção dessa criatura, formando barreiras de comunicação, utilizando livros, computadores entre outros. É difícil de visualizar isso mesmo, mas acho que mostra a importância do conhecimento e da diferenciação do ser humano na comunicação. O que combina muito bem com a teoria da conspiração abordada pela história, que foi muito bem combinada. No meio disso temos um cientista que facilmente seria taxado de louco, como é a visão que eu vejo da Doutora Randle para os fatos do Eric, e sim temos um romance imprevisível em meio a loucura da ação, e da montagem de do que é real e do que não é. Eu simplesmente amei a abordagem. Dito Isso eu achei que ele poderia ter explorado um final um pouco mais criativo, isso claro se eu não tiver deixado passar uma penca de coisas, que eu particularmente tenho quase certeza disso. O livro foi uma experiência bem diferenciada para mim, de certa forma sacudiu minha cabeça para reflexões de comunicação atual e o que a gente enxerga, perdendo um monte de fatos ocultos. É uma leitura super recomendada.