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quarta-feira, 2 de julho de 2014

Post Especial: Sobre a Febre de Livros de Mulherzinha

É só abrir um site  de livros qualquer e você vai ter diversas opções. Esse assunto virou discussão em diversas rodas de amigas e várias blogueiras (inclusive eu) estão comentando sobre livros. Eu olho para o passado, não muito distante há alguns quatro anos atrás que eu ia em uma Livraria Leitura e quase não achava opções de chick lit, romances e praticamente nada da atual literatura erótica. O que tinha era o básico: Sophie Kinsella e sua Becky Bloom, Nora Roberts e suas pequenas fortunas em forma de livros, Judith Mcnauhgt e seus clássicos históricos e contemporâneos, Linda Howard, Janet Dailey,  e as que eu não gosto Marian Keyes e Barbara Cartland. Sobre os livros de banca então o preconceito ainda era forte, tivemos nos últimos tempos uma crise da Nova Cultural, que produziu por algumas décadas, algumas das delícias e das torturas literárias que acompanhou várias mulheres no Brasil. A volta da Harlequin também roubou mercado da Nova Cultural, essa veio bem trabalhada com design de capas  bem feitos, formato de livros que cabe na bolsa e séries mais ousadas, alcançaram o sucesso com o público, além de sua parte de Chick lit e de clássicos de livraria, mas ainda sim o preconceito era cabuloso, quando a pessoa falava que era leitor de livros denominados "bancas". Foi então que apareceu um fenômeno que atiçou várias mulheres do mundo inteiro, A Trilogia 50 Tons de Cinza. Ela já foi falada aqui no blog embora eu leitora não curta muito a Trilogia, tenho que dar parabéns para o sucesso dela, primeiro porque várias pessoas inclusive críticos da leitura de mulherzinha, se renderam a história de Christian Grey, segundo que ela fez o povo perder um pouco o preconceito contra os romances, já que o livro virou um fenômeno e o terceiro e mais importante é que o mercado ficou lotado de opções para nós leitoras se esbaldarem e os preços também ficaram melhores eu achei. Pode ser até que seja por tempo, que eu não ando tendo muito infelizmente, mas que eu estou emocionada pois cada vez que entro em um site me deparo com mais opções de livros, que nem se eu quisesse conseguiria ler todas as novidades.  Além do que é ótimo per numa roda de amigas discutir as novidades literárias e trocar dicas.
Porém penso eu que isso também tem seu lado nem tão bom assim, pois a gente tinha aquele lado clandestino de fazer aquela leitura discreta e se esforçar para conseguir raridades em sebos e em alguns poucos grupos na internet inclusive usando o quase saudoso orkut. Além do que trás a tona questões destes livros que mostram nossa cultura ainda um certo machismo nas relações e também se você for parar para pensar os livros estão muito padrão 50 Tons e poderiam ser mais diferenciados.

Particularmente não gosto de romances sobrenaturais, nem muito erótico, mas amo um chick lit bem humorado e não dispenso os meus clássicos da década de 90 da Nova Cultural que teve muito livro bom.

terça-feira, 11 de junho de 2013

Momento Banca Especial: Síndrome de Estocolmo em livros

Vou confessar para vocês que a minha segunda leitura de A Carícia do Vento trouxe a tona alguns questionamentos para mim, o que mais marcou foi como a "Síndrome de Estocolmo, está presente em livros de banca. Como já foi um tema super recorrente nas histórias antigas, denominadas de florzinha e atualmente em alguns livros, mas com força menor.
Para tal fiz uma pesquisa então, sobre alguns conceitos do do fato e vou trazer para vocês:
"Síndrome de Estocolmo é um estado psicológico pessoal, que se desenvolve em pessoas que são vítimas de sequestro, em que a vítima desenvolve sentimentos de lealdade para com o sequestrador apesar da situação de perigo em que se encontra colocada.
Também é referida em situações com tensões similares às do sequestro como casos de rapto, incluindo o rapto de noivas, casos de violação, cenários de guerra, sobreviventes de campos de concentração, pessoas que são submetidas a prisão domiciliária por familiares e também em vítimas de abusos pessoais, como mulheres e crianças submetidas a violência doméstica e familiar.
Síndrome de Estocolmo foi assim designado em referência ao famoso assalto do Kreditbanken em Norrmalmstorg, Estocolmo, em Agosto de 1973, que durou seis dias. Nesse assalto com sequestro as vítimas continuaram a defender seus captores mesmo depois dos seis dias de prisão física terem terminado e mostraram um comportamento reticente nos processos judiciais que se seguiram.
Os sintomas associados ao síndrome são consequência de um stress físico e emocional extremo por parte da vítima e ocorrem sem que a vítima tenha consciência disso, funcionando a identificação afetiva e emocional com o sequestrador como o objetivo de proporcionar afastamento emocional da realidade perigosa e violenta à qual a pessoa está a ser submetida. Simultaneamente a vítima  não ficando totalmente alheia à sua própria situação, mantém-se alerta para o perigo e é esse estado de consciência que faz com que a maioria das vítimas, tente em algum momento, escapar , mesmo em casos de cativeiro prolongado."

Bom eu li estes trecho algumas vezes e só pensei o seguinte, existem vários e vários livros de banca, que a gente ama ou odeia que abordam a questão. Eu parei para pensar, na quantidade de livros de Sheik, no qual eles pegam as protagonista e levam para seu castelo, sua tenda, deserto entre outros e não deixam sair de lá  e por motivos variados, este tema é muito recorrente das histórias e eu posso fazer uma lista enorme do que eu já li sobre isso:
  • ·         O Sheik do Oasis Negro - Margaret Pageter
  • ·         O Sheik de Rhyan - Sara Wood
  • ·         A Vingança do Sheik- Emma Darcy
  • ·         A Joia mais Valiosa - Alexandra Sellers
  • ·         Prisioneira do Desejo- Emma Darcy

Bem são esses que eu me lembro agora, mas existem vários que eu não sei o nome hehehe. Temos também os de assuntos que não envolvem Sheiks e para mim são bastante polêmicos, pois apresentam sentimentos bastantes contraditórios e motivos com péssimas explicações:
  • ·         Inferno em teus braços - Robyn Donald
  • ·         O Resgate - Madeleine Ker
  • ·         A Carícia do Vento - Janet Dailey ( este é claríssimo e a cara do tema)
  • ·         O Filho do Demônio - Violet Winspear
  • ·         A Substituta - Margareth Rome
  • ·         Uma turma de livros da Lynne Graham, que abordam com sutileza a questão.

Olha isso me levou a um determinado pensamento, seria então uma fantasia íntima da mulher, ser "raptada" e levada a um lugar para ficar a mercê de um homem, no qual se torna totalmente dependente do homem, porque é exatamente isto o que acontece nesse tema extremamente abordado nos livros, são mocinhas que as vezes até tem profissões bacanas, mas que ao passar por exatamente a situação de "sequestro", largam tudo para ficar com a pessoa. Isso gerou uma grande curiosidade em mim e perguntei inclusive sobre tal fato numa roda de amigas, aparentemente todas pensam que não, que atualmente as mulheres não desejam mais esse fato, devido ao feminismo independência conquistada e bláblábla´, mas então porque até hoje livros super comentados em sites especializados abordam claramente este tema e são adorados por várias leitoras, a fantasia do sheik levando para sua tenda no deserto, ainda está bastante presente na vida feminina? Eu fico pensando, isto tudo é obra da sociedade que ainda visa a importância extrema do homem na vida da mulher, ou nós mesmos no fundo ainda queremos um homem que nos torne totalmente dependente deles?




domingo, 10 de março de 2013

Post Especial: Sobre Estilos Musicais - Tamires Mara


 Trouxe para este post o meu "Tudo Mais", uma pequena crônica de minha autoria, que fala sobre um assunto que sempre ronda as redes sociais e a vida em geral, estilos musicais.

Sobre estilos musicais:
Gosto musical é aquela coisa que a gente pode pensar cada um tem o seu (mesmo parecendo uma coisa clichê de se dizer). É incrível como se pararmos para reparar, vamos escutar nos carros e casas os mais variados sons. Na minha rua mesmo temos os fãs de funk (na versão proibidão e light), pagode (daqueles cheios de onomatopéias), os pop rocks da vida, o rock mais pesado e os religiosos com as músicas de louvor. É engraçado que se for parar pra pensar não se vê quase ninguém escutando algum cantor (ou banda), que se encaixe na MPB (música popular brasileira), então na verdade o que seria mesmo o estilo?
Mas o fato que eu quero falar é sobre, qual estilo é melhor? É difícil pensar assim, vejo muitos fãs de rock, inferiorizando funkeiros, pagodeiros e fãs de sertanejo , falando que o estilo deles é superior, mas o que acompanho é que fazem comparações com inúmeras bandas estrangeiras e acho bem esquisito comparar uma língua com outra, além do que já vi em pesquisas de estudiosos que cantar em português é  mais difícil do que em inglês. Outro fato que eu mesmo acompanho é que eu, sendo uma grande admiradora banda Pearl Jam (não acredito que perderei o Lolapalloza), acho é que fala-se muito em questão das letras expostas nas músicas criticadas pelo rockeiros,  mas para se ter idéia, tem uma letra da banda já citada, denominada Animal, que fica falando assim (one, two, three, four...) no bom português 1,2,3,4, tem uma letra minúscula, não estou menosprezando a banda, nem as outras músicas, mas estamos diante de uma canção limitada.  Tem muita música com letra do jeito já citado, considerada nos estilos populares brasileiros atualmente (funk, pagode, sertanejo), mas também pode ser que tenha  muita coisa bacana, no funk vai ter aquele cara da comunidade que fala sobre sua dura vida no meio do crime e do vizinho traficando passando uma lição de vida; temos letras de samba escritas numa roda com os amigos ao lado de uma cerveja gelada ou pinga,  bem boas (Samba do Arnesto – com sua linguagem coloquial e tão encaixada na tribo); temos modas de violas bem escritas que falam muito bem da vida das pessoas da zona rural. Então é nesse ponto que eu sou indagada, mas isso é passado e atualmente? As letras das músicas estão cheias de erotismo, interesse, bens materiais entre outros.
Eu sou da seguinte opinião, atualmente vivemos  num mundo de liberdade sexual (não estou falando no mal sentido), de uma juventude ávida por diversão, mas que busca um diploma na faculdade para poder ter um bom carro, boas roupas entre outras conquistas. Acho então que as músicas são a reflexão dos desejos dos jovens: carros, diversão, status entre outros, óbvio que essas canções vão vender mais, pois é quase a realização dos sonhos da juventude. Não consigo achar que isto pode deixar alguém alienado,  claro que se  pessoa enxergar que o que está acontecendo é somente na música, penso que se tornar alienado, é a partir do ponto que se coloca uma “viseira”, e começa a achar que somente o que você pensa é o certo e o que curte é bom, assim fica difícil, de ver coisas interessantes sobre a sociedade em geral e até mesmo usar esse mecanismo ao seu favor.
Encerrando esse ponto eu volto a perguntar, onde é então que está a chamada MÚSICA POPULAR BRASILEIRA?