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terça-feira, 19 de agosto de 2014

Cartas a um Jovem Administrador - Idalberto Chiavenato #PARTE2

Bem como combinado vou trazer a continuação do resumo junto comentário por capítulo desse excelente livro.

No Quinto Capítulo da história temos uma resumo da vida do autor, no qual ele denomina como oito pulos fundamentais na sua vida e em busca do nono, se foi pra funcionar como aquelas histórias de passo a passo para o sucesso ou se é um padrão desse tipo de livro (a série cartas é baseada em várias profissões e escritas por profissionais de sucesso da área)  eu não sei, fato é que foi possível ver a paixão pela música, que o autor apresentou, sua infância numa cidade pequena, sua mudança para cidade grande,sua escolha por estudar filosofia,  seus estudos intensos na faculdade, a ida para área da psicologia, seus livros, seus cursos, seu trabalho em grandes empresas. Enfim o que quero mostra é que para chegar onde chegou, o autor teve uma elevada carga de estudos e muito destaque no meio acadêmico, obviamente que um diploma na USP (que ainda é a melhor faculdade do país), não é de se jogar fora, isso somado a dedicação e esforço, e principalmente aproveitar as oportunidades que apareceriam, fez com que ele desse certo e chegasse aonde chegou. Sinto que o autor dançou conforme a música e que bom que ele gostou da área que escolheu para trabalhar porque senão tivesse se adaptado ia ficar difícil. A declaração de amor para sua esposa foi linda de se ler (mulherzinha sorrindo).
Para o sexto capítulo, temos as ferramentas dos administradores, ou seja, todo conhecimento de estudos vida, personalidade que o profissional possui e que vai utilizar para as tomadas de decisão. No trabalho do administrador ele pode escolher algumas diversas áreas, porém quanto maior for seu cargo dividido em planejamento (operacional, tático e estratégico) mais o gestor vai trabalhar com questões intangíveis que ele náo pode tocar, então é possível perceber a importante  percepção do entorno que o jovem profissional deve ter, saber escolher dentre todas as suas ferramentas, qual vai usar na situação e saber usá-la (lembram do CHA?), o administrador também tem papel fundamental, no sentido de fazer sua equipe trazer as ferramentas pessoais e querer usá-las em prol da organização. Nesse capítulo você entende, que muitas teorias que você aprende durante a faculdade e que muitos dizem não servir pra nada, podem ser usadas sim e fazem toda a diferença dependendo da situação.
No sétimo Capítulo, para mim uma continuação do sexto o foco, é no fato de destacar que o administrador tem que ter uma visão total do ambiente (Sistema), deve muito mais ser estrategista do que operacional, ou seja deve pensar mais no nos fatores intangíveis do que no concreto 2+2, porque este é fácil de visualizar enquanto aquele, é necessário percepção e análise, funções de um administrador estratégico que fazem toda a diferença.
Sobre o Oitavo Capítulo, é a parte mais importante do livro na minha opinião, olha eu vi tantas teorias sobre liderança e ficava até tonta, qual é a certa? Qual a errada? Nessa parte, o que eu gostei foi todas estão certas porém elas são incompletas e diferem no ambiente que elas vão ser aplicadas. Eu lembrei do livro o Milagre nos Andes do escritos Nando Parrado (clique no nome do livro e acompanhe a resenha), um dos sobreviventes da história e considerado o líder do grupo e responsável pela sobrevivência das pessoas, com a sua frase "É preciso liderar com compaixão", isso quer dizer que o líder deve fazer tanto ou mais que seus companheiros, esse é o papel do administrador na minha visão estudantil, além do seu serviço, ele tem que ter uma preocupação com a questão generalista dependendo do nível de planejamento no qual o exercício de sua liderança está inserido, então a entender e trabalhar a questão de liderança é papel fundamental na profissão e claro aprender dentre essas várias e complicadas teorias que envolvem o tema.
Fechando o livro o nono capítulo, mostra a opinião do autor sobre o fato dele ter ficado encantado pela administração, Chiavenato é um nome influente na área, e nessa parte ele cita que todos nós precisamos administrar pelo menos uma vez na vida de acordo com a situação que estamos vivendo, além trazer conselhos sobre a necessidade da leitura (importante em qualquer área), traçar metas, fazer controles para obter resultado, sem esquecer de que os fins não justificam os meios e sim a ética é essencial. Além do que como foi citado administração utiliza os sentidos da pessoa para que esta possa ter uma percepção mais aguçada do ambiente em que está inserida, sendo assim a administração também é uma linda arte. No final temos mais um momento fofo do autor para sua esposa Rita (mulherzinha dentro de mim fica com sorriso no rosto), e a gente pode terminar a obra satisfeita.

Minha opinião:
Olha é uma grande e agradável leitura, Chiavenato tem uma forma incrível de escrever, mesmo em seus livros técnicos e com um livro descontraído como é esse não poderia ser diferente. Eu diria que esse livro foi um divisor de águas na minha vida e deve ser na de todos que estão lendo, se você é estudante e ficou encantado com a história (como eu) siga alguns conselhos apresentados e se mantenha firme no curso de administração, mas caso você não tenha curtido acho que deveria rever os conceitos sobre a profissão, porque tudo aqui foi apresentado de forma simples e de fácil entendimento, sendo a teoria posta em prática, que quem não gostou do que foi escrito deve talvez sair desse curso maravilhoso que é a administração. Para quem já viu algumas disciplinas da área, pode perceber a quantidade de teorias colocadas indiretamente no livro e que eu já citei durante os resumos por capítulo, além do que a presença de palavras que apareceram em diversas páginas do livro como: Entorno, flexibilidade, tomada de decisão, sentidos, percepção, liderança, comunicação, motivação, emporwement, interdepêndecia,  ética, formam para mim a profissão do administrador.

Como leitura para mim foi leve e descontraída, fugindo daquele rótulo clichê e repetitivo dos livros de autoajuda, e por trás disso tudo a gente tem que ter uma visão mais ampla, papel da minha futura e querida profissão e perceber os ótimos conselhos que esse livro trás. Como já citei alguém falando sobre "Quisera eu ter lido esse livro antes."

domingo, 17 de agosto de 2014

Cartas a um Jovem Administrador - Idalberto Chiavenato #PARTE1

Para quem já conhece o blog, percebeu que estou trazendo alguns comentários diferentes sobre livros diversificados, quando a gente gosta do que estuda, fica com vontade de incluir nos nossos hobbys,que é o que farei hoje.
Livro: Cartas a um Jovem Administrador - Idalberto Chiavenato

Sinopse: Sem nenhuma pretensão didática ou teórica, o professor Chiavenato traz neste "Cartas a Um Jovem Administrador" reflexões sinceras sobre a arte de administrar e gerir, na tentativa de incentivar todos que se iniciam na profissão. Para ele, mais importante que conceito é o gesto de compartilhar experiências diversas sobre a moderna ciência da administração e o verdadeiro e significativo papel do administrador na atual gestão contemporânea.

Falar desse livro é um pouco complexo, primeiro pelo fato de ser escrito pelo considerado  maior nome de administração do país (merecido) e também porque o que vai ser falado aqui não mostra de fato de que aí não temos, um casal, um dilema, o livro é um relato de como funciona a profissão de administrador e nesse ponto o autor foi sensacional.
Em muitas faculdades, existem um determinado trabalho que pode ser chamado de Trabalho Acadêmico Integrador (ou outros nomes), que engloba as disciplinas cursadas num determinado projeto, para mim é isso que funciona esse livro, através de uma linguagem simples, o Chiavenato mostra através de comparações com o cotidiano (futebol, música, relacionamentos, etc) todos aqueles textos, artigos, livros que você vai estudar e se deliciar no curso de administração, para quem está cursando, ou concluiu pode ver claramente onde entra cada estudo efetuado, nas páginas do livro.
O primeiro capítulo, trata de uma situação corriqueira na faculdade de administração, a questão do estudo de caso, todos alunos enfrentam isso várias e várias vezes, não só nesse curso com em vários outros, é apresentado uma situação, e gera discussões em torno da melhor forma de resolver o problema, tudo bem que não existem situações idênticas, porém é a partir de casos parecidos que as pessoas podem analisar outros, além do que aparece uma das palavras mais importantes do curso que já estude ENTORNO, essa palavra representa o ambiente no qual você, os demais colega e a organização está inserida e tem papel principal no seu estudo de caso, necessitando de uma análise muito bem elaborada. Essa análise me faz lembrar uma teoria que me deixou fascinada e que eu penso nela praticamente em todos os dias da minha vida Teoria do Campo Vital do Kurt Lewin, pois cada pessoa tem sua percepção de mundo e tira suas próprias conclusões a partir desta, acho que ela permeia todas relações humanas. O administrador, tem que ter uma percepção de tudo, utilizando seus sentidos de forma a aproveitar as oportunidades, porém esse ponto ainda encontra a questão da teoria já citada aqui, sendo assim a prática não é tão simples. Outra questão envolve a parte de mudanças, sim é difícil mudar de opinião, quebrar a cara com uma ideia errada e a gente sofre demais com tudo isso, de cara num capítulo tão rico temos mais uma Teoria contada de forma cotidiana, Teoria da Dissonância Cognitiva. Mais um dado do capítulo, é que muita gente pensa, eu preciso realmente estudar português, sim você precisa saber essa matéria, porque na função você tem que comunicar, todos precisam saber o que você quer dizes, então entender a nossa língua em toda sua complexidade, é sim muito importante e também a tribo que vai envolver essa comunicação, também incluo o uso de todos os nossos sentidos (paladar, audição, visão, tato, olfato) nessa "arte de administrar" e novamente chamo a atenção para palavra entorno. Outro fato é sobre motivação, nessa parte foi possível perceber a presença das várias teorias que a gente estuda, para explicar o motivo e como funciona o processo dessa questão, enfim fato é que ninguém motiva ninguém, mas o adminstrador tem que auxiliar num ambiente (novamente o Entorno), para não deixar o grupo desmotivado, e trazer o comprometimento deste para com a organização, um empregado comprometido é ótimo para empresa (temos então mais um estudo teórico). Por fim o Administrador tem que ser humano e isso é muito bem definido no conceito do Emporwement.
Segundo capítulo trata de da produção de resultado, sim o profissional tem que ser eficaz, se isso puder se juntar a eficiência, melhor ainda. Você tem que juntar tudo que aprendeu em busca de alcançar um determinado resultado, e nesse ponto a questão da tomada de decisão, nessa vida acadêmica, as vezes buscando explicações em teorias cabulosas, que as vezes estão melhor explicadas em situações cotidianas, até porque teorias, necessitaram de pesquisas e estudos práticos para serem fundamentadas, é importante nesse contexto, apreciar a simplicidade das coisas e eu acho que é a base não só desse capítulo como do livro todo. Nesse capítulo também percebemos, a interdependência sistêmica, a organização é um time de futebol, uma orquestra, um corpo, um quebra cabeça e cada parte é importante. É preciso alguém para gerenciar tudo isso e também é preciso inspiração para que tudo fique agradável aos sentidos alheios.  Também temos nesse capítulo colocações, que mostram aspectos da Teoria Clássica como a especialização de mão de obra e divisão de tarefas. Além de ter uma palavra muito importante nessa parte flexibilidade.
Terceiro capítulo mostra a importância da administração, todas as pessoas precisam administrar sua vida, suas relações, seus projetos, não é apenas a questão de administrar sua loja, o mundo é uma organização então ele precisa de administração, quando você decide e precisa conviver em sociedade você precisa conviver com as atitudes da profissão. A administração não vem com uma fórmula pronta, você precisa analisar sem ambiente (ENTORNO NOVAMENTE), para que você escolha uma determinada tomada de decisão sobre uma determinada situação.
Quarto Capítulo explora com quem você vai trabalhar, todos que rodeiam, as pessoas da parte externa, clientes, fornecedores etc. Todos devem ser trados como clientes, porque tudo que envolve a organização, quer receber algum retorno positivo dela, e para isso que ela deve existir, para trazer benefícios para os envolvidos diretos e indiretos. Para tudo isso o espírito de equipe e o empowerment, tem papel fundamental.

Acho que pararei por aqui nesse post, fazendo amanhã uma parte 2

domingo, 10 de agosto de 2014

O Milagre nos Andes - Nando Parrado

Vou falar sobre um livro, que pude ler graças a um pedido de um professor na faculdade. A resenha que vou apresentar aqui é descontraída, futuramente vou publicar um resumo antropológico e algumas considerações mais técnicas sobre a história em outra postagem, pra quem for estudante e estiver lendo a próxima postagem vai ser mais indicada, mas prometo fazer uma boa resenha de opinião pessoal e baseada no senso comum, como vai ser essa.
Livros: O Milagre nos Andes - Nando Parrado, Vince Rause

Sinopse: Outubro de 1972. O avião Fairchild F-227 da Forças Aéreas Uruguaia, que levava um time uruguaio de rugby acompanhado de familiares e amigos para um amistoso no Chile, cai em algum lugar nas profundezas dos Andes. Dos 45 cinco passageiros a bordo, 29 sobreviveram à queda e apenas 16 são resgatados com vida naquele que ficou conhecido com um dos mais célebres desastres aéreos da História.
 Em Milagre nos Andes, o uruguaio Nando Parrado – principal responsável pelo resgate de seus amigos nas montanhas após 72 dias de agonia – é o primeiro dos sobreviventes a contar, com extraordinária franqueza e sensibilidade, a sua própria versão do acidente. O resultado supera o simples relato de uma aventura real: é um olhar revelador sobre a vida à beira da morte.

Eu tenho que ser sincera, não tenho o costume de ler histórias que do tipo não ficção, ainda mais "biografia" sempre gosto de ficção porque posso me colocar na situação e pensar sobre o que eu faria e nesse caso um dos sobreviventes da história conta o que ele fez não deixando tanta coisa a imaginação e essa história por mais que fosse super famosa, com direito a filme com ator de Hollywood e inspiração para um reality show (Vocês se lembram do No Limite?), não seria um livro que eu escolheria para ler sem ter tido uma ótima influência. Geralmente histórias de pessoas que têm um contato enorme com a natureza, como Na Natureza Selvagem, despertam nas pessoas uma ideia de heroismo e vontade de largar as coisas materiais, mas na minha opinião pessoal não me atingem, porque eu acho que tem uma boa dose de loucura e de solidão, sendo que é algo que não quero viver. Creio que o acontecimento nos Andes deve ter despertado muitos jovens, para se aventurar, porém nesse ponto eu tenho que fazer uma ressalva, na situação apresentada pelo livro ninguém, escolheu o que aconteceu, simplesmente foram obrigados a se adaptar a situação apresentada e o direito maior das pessoas que é o de viver. Nessa parte acho que Nando Parrado, jogador de rugby, que acabou se tornando o líder, com uma tomada de decisão poderosa de sair das montanhas, se destacou, ele mostrou claramente a luta pela sobrevivência, elevada ao limite, num ponto que ele não poderia chorar pela morte da mãe e da irmã para não desperdiçar sal do corpo e assim sobreviver. A realidade nas montanhas é crua, sendo assim eu lembrei das aulas de determinismo geográfico na escola, a montanha é muito cruel, fria, sem vida, ar rarefeito e uma tremenda dificuldade então como eles conseguiram sobreviver? O autor chegou a conclusão dele no final do livro e como participante da situação quem sou eu para discordar da opinião dele, tenho somente que respeitar e continuar a leitura sobre a sua ótica.
Fato é que ocorreu desde o início um grande processo de gestão na comunidade que eles criaram, no meio das montanhas, com divisão de tarefas para todos cada um fazendo o que sabia melhor, alguns sem querer agir mas mesmo assim ninguém querendo mais mortes. Uma situação complicada que mostra o grande instinto de sobrevivência, alimentação de carne humana dos mortos, é preciso ter estômago para essa parte pois é uma situação que está muito distante de nós. Contado de forma clara, sobre sabor, como era preparada, as partes do corpo escolhidas para degustação, e que parece ter gerado uma polêmica enorme na época, embora eles não foram condenados por tal, e na minha opinião nem poderiam.
Outro fato é a questão religiosa, temos todos os tipos apresentados no livro, da negação de Deus, passando por pessoas que têm fé mas não tem religião (o personagem Arturo foi descrito de forma sensacional), até os mais religiosos e o perfil do autor personagem da história, que é um cara que não consegue ver Deus como divindade, mas como um relação sentimental (AMOR) e que até hoje mantém seu ceticismo religioso declarado e que por isso é criticado por muitos grupos religiosos e exaltados por outros.
Gostei também do final do livro, que mostra a volta dos sobreviventes, e como eles estão até o ano em que o livro foi escrito (2006), dá pra ver o misto de emoções e aprendizados gerados pela situação, e funciona como um livro de de auto-ajuda, que eu super indico para quem curte o gênero.
Sobre as conclusões do autor do que fez ele conseguir tomar a decisão importante, e principalmente sobreviver, eu concordo. Mas não consigo deixar de pensar em situações como o fato de ser atletas, que querendo ou não tem condicionamento físico muito bom e estavam com um certo sucesso no Uruguai, jovens de família de classe média para alta, sendo assim pessoas com uma boa alimentação e qualidade de vida, características físicas que fizesse com que suportassem os Andes. Além do que no início da história mostra o rugby como disciplina moral, na vida destes jovens que começaram a prática do esporte no colégio e alguns dos ensinamentos descritos, como proteção dos colegas que caíram, obstinação são mostrados claramente no decorrer dos 72 dias na montanha. Também fatores da personalidade de Nando como o fato de não ter feito muita coisa na vida e o desejo de conseguir mais e a teimosia do jovem estudante de medicina Roberto Canessa, participante super importante e companheiro de escalada do autor, podem ser somadas a opinião do autor, para mostrar porque esses jovens sobreviveram.

Enfim é um ótimo livro para reflexão, para auto-ajuda e para compreensão de que a natureza não é brincadeira. Termino então com uma frase que para mim poderia ser colocada como a principal do livro: "Todos temos os nossos próprios Andes".

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

O Deserto dos Tártaros - Dino Buzatti


Sabe aquele livro que você talvez nunca compraria numa livraria ou pegaria emprestado em uma biblioteca, então essa é minha opinião sobre o livro que meu professor de faculdade propos um trabalho e eu acabei por aceitar o desafio de lê-lo e digo que o resultado foi marcante para minha vida:
Livro: O Deserto dos Tártaros
Autor: Dino Buzatti


 Sinopse: Ao alcançar o posto de tenente, o jovem Giovanni Drogo é designado para o Forte Bastiani, o que crê ser a primeira etapa de uma carreira gloriosa. A má impressão que tem ao chegar ao isolado forte o abala A espera pelo inimigo, que justifica a permanência do comando militar na região, transforma-se na espera por uma razão de viver, na renúncia da juventude e na mistura de fantasia e realidade. Militares apáticos vêem aos poucos seus sonhos serem minados numa rotina angustiante e alimentam a ilusão ou o temor de que um dia a batalha de suas vidas aconteça, quando os inimigos finalmente surgirem do deserto.
Minhas opiniões:
A idéia central foi mostrar a perda da juventude, para uma obsessão de realizar um ato heroico, a vontade de salvar a pátria, que acaba por se tornar para o protagonista como um falso sentido da vida, Drogo fala que tem muito tempo de vida e que por isso poderia ficar mais tempo no Forte de Bastiani, sendo assim o personagem acabar por fazer do local o seu “templo” particular, no qual ele foge do tempo e desenvolve sua maior ambição.O livro tem seu final frustrante para  que possamos perceber a importância de aproveitar cada minuto, vivendo com a maior intensidade possível, cada instante da vida. Tem uma cena do livro que remete muito bem a mensagem principal, nela o protagonista da história tem um sonho, no qual ele ainda é uma criança, querendo brincar e explorar o mundo e sonha com um amigo companheiro do forte também criança, que é levado por fantasmas para a morte. Isto era um alerta para Drogo, pois da forma que ele estava vivendo na monotonia, ele acabaria por esperar a morte e seria como se morresse ainda menino , pois era o único momento em que ele teria “vivido” verdadeiramente. O fato é que ler sobre uma vida jogada fora desta forma, é de fato muito chocante e acaba por mexer com as nossas emoções.
 Ponto positivo:  o fato dele fazer uma espécie de alerta, para que a gente possa aproveitar a vida, sem desperdiçá-la, ao escrever utilizando de uma monotonia extrema, o autor quis destacar, como o protagonista tinha uma vida vazia, e isso faz com que a gente reflita, quais seriam os nossos “Fortes Bastianis”, lugares que a gente usa para fugir do tempo, da nossa própria vida. O livro como eu li num site de resenhas literárias não tem como o leitor passar impunemente por ele, pois ele gera grandes reflexões, e nesse contexto, eu particularmente acho que ele faz um trabalho bem melhor que muitos livros de auto ajuda que existem no mercado.

Ponto negativo: o livro mostrar uma alta melancolia e monotonia, proposital, é claro, a leitura torna-se enfadonha, parece que a cada página lida as coisas não andam e parece que é tudo igual. O final então é o mais frustrante possível, dá uma grande sensação de vazio, apesar de que no contexto da história não tinha como ser diferente. Definitivamente não é uma leitura para entretenimento, mas sim para reflexão.

Bônus: Oportunidade de conhecer um dos principais livros do século passado, que por sinal eu nunca tinha ouvido falar. Mas o que eu achei de melhor, foi que estudando a história a gente vê como que  as duas guerras afetaram, mais de uma maneira geral. Lendo o livro pode-se perceber como a guerra afeta o indivíduo pessoal, até a forma melancólica com que o autor escreve, é para mostrar a tristeza que uma guerra gera, e dessa vez foi demonstrado, um sentimento diferente, a frustração de um soldado não poder realizar a sua atividade para o que foi treinado. Ao final dessa atividade eu só posso reforçar uma conclusão, de que guerra não compensa de hipótese alguma. Parece um pouco clichê mais realmente o mundo precisa de paz.