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terça-feira, 5 de novembro de 2013

Amante Indócil - Janet Dailey

Hoje tenho uma resenha dessa famosa autora de romance,que foi uma das primeiras a ter um destaque maior saindo do gênero livro "barato".
Livro: Amante Indócil - Janet Dailey

Sinopse:Diana Somers tinha sua própria maneira voluntariosa de conseguir o que queria. Quando seu casamento acaba por causa do ciúme do marido, ela volta para a casa do pai, uma estância no Meio-Oeste americano, assumindo a administração da propriedade. E lá conhece Holt Mallory, o homem que dirige a estância com mão de ferro... e Guy, seu filho, que fica fascinado por sua beleza.

Olha depois de A Carícia do Vento, eu aprendi que se quer ler a autora você tem que ser amoral (não ligar muito pra trejeitos, bons costumes), porque os livros dela mostram a realidade nua e crua, desejos bem obscuros e atitudes baseadas no instinto. Então eu me despi de todas as minhas ideias e fui dar uma chance para a autora, me convencer.
Bem a protagonista da história é Diana Summers, filha única de um fazendeiro uma mulher voluntariosa, cheia de vontade que volta para casa após um casamento fracassado, que aparentemente ela usou para fugir de sua casa, mas que obteve um resultado desastroso.
No início da história temos aquelas situação complicada o  pai da protagonista conhecido como Major, contrata um homem para ser seu braço direito na fazenda, é aquela velha ladainha, só teve uma família e precisa de um macho para cuidar dos negócios, esse cara é Holt Mallory, que tem um filho chamado Guy. Essa situação deixa  Diana, ainda uma jovem com 16 anos, revoltada, pois não queria entrusos lidando com sua fazenda. Depois ela vai pra faculdade e lá conhece o marido do casamento desastroso. Na volta para casa que sempre é um momento terrível, ela se vê diante de um Holt dominando a fazenda inteira, o filho dele Guy um jovem que sempre foi  apaixonado por ela e não tem um bom relacionamento com pai e o Major seu pai mais velho e abatido. é então que começa a história do livro, porque o início foi só uma introdução, Diana acaba ficando um dia com Guy por pena, mas se sente atraída por Holt, e acaba num momento de aventura do livro, tendo uma tórrida relação com ele. Nesse ponto você entendeu a bagunça da história não é, pai e filho loucos pela mesma mulher e esta acabou ficando com um por pena, quando está bem atraída pelo pai mesmo, isso tudo é tratado de certa forma como se fosse o normal. Mas mudando um pouquinho de tema, na introdução tem um comentário sobre uma lenda de  um cavalo e eu fiquei pensando o que isso vai ter com a história??? Para minha surpresa temos a parte mais interessante do livro, pois o "vilão" da história é um personagem bem peculiar, um cavalo selvagem que quer montar um harém e está dando prejuízo na criação de cavalos na fazenda de Diana. Esse cavalo dominou a história inteira, foi bem difícil matá-lo e as descrições foram muito bem escritas.
O relacionamento entre Guy e Holt, os rivais pelo carinho de Diana, eu particularmente não gostei, era tudo muito frio, afastado, e como foi mostrado no início eles eram quase estranhos pois tinham ficado muito tempo sem se ver. Mas deu muita tristeza, ver o sofrimento de Guy, pelo pai estar com Diana e o final da história foi muito triste também, achei que poderia ter sido mais feliz neste ponto.

Para mim o forte da autora é justamente colocar situações de discussão de moral, o que é certo e errado, numa questão cotidiana e como se tudo fosse normal de se ler, nesse ponto ela tem seus méritos e destaque.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

A Carícia do Vento - Janet Dailey


É de estranhar que eu tenha resolvido falar deste livro,  visto que eu falei mal dele anteriormente, mas andei lendo algumas histórias que envolvem Síndrome de Estocolmo (romances tem vários com o tema), e eu vou fazer um posto sobre isto. Também topei com várias resenhas desse livro e relações com a situação. Por esse motivo resolvi dar mais mais uma chance de leitura para história, e consegui terminar e fazer um bom proveito do enredo. Devo falar algum spoiler durante a resenha então, se está muito curiosos, leia primeiro o livro, ou dê uma fugidinha deste texto, sobre esse badaladíssimo livro.
Livro: A Carícia do Vento- Janet Dailey

Sinopse: Livro que marcou a estreia de Janet Dailey na lista dos mais vendidos do The New York Times, A carícia do vento consagrou a autora como uma das maiores romancistas do gênero. A protagonista é a jovem milionária Sheila Rogers, bela, impulsiva e mimada que vivia em Austin, no Texas. Sheila contraria as expectativas de seus pais e foge para Juarez, no México, com Brad Townsend, um homem bonito e envolvente, mas que nada mais era senão um caça-dotes. A lua de mel do casal converte-se num verdadeiro inferno quando seu marido é brutalmente assassinado e ela é sequestrada e levada por um bando de pistoleiros para um esconderijo nas montanhas. É ali que Sheila conhece Ráfaga, homem corajoso e idealista, e logo o ódio se transforma numa paixão arrebatadora.

Para começar o texto, eu sinceramente achei que esse livro era histórico, porque o tema da história, envolve algumas questões sociais que seriam de livros históricos, mas não,  ele é contemporâneo, mas uma coisa para época em que foi escrito 1979. Segundo que na minha segunda leitura, eu imaginei aquele povo do narcotráfico mexicano, daquele video da mulher decapitada que está rondando o facebook, principalmente num determinado momento do livro. Terceiro motivo para começar a falar sobre o enredo, foi que a autora pegou uma época, muito boa para falar sobre o tema, pois em 1973 surgia o termo Síndrome de Estocolmo, que significa: um estado psicológico particular desenvolvido por algumas pessoas que são vítimas de sequestro. A síndrome se desenvolve a partir de tentativas da vítima de se identificar com seu captor ou de conquistar a simpatia do sequestrador. Pode ser também chamado assim uma serie de doenças psicológicas aleatórias.
A síndrome recebe seu nome em referência ao famoso assalto de Norrmalmstorg1 doKreditbanken em Norrmalmstorg, Estocolmo que durou de 23 de agosto a 28 de agosto de 1973. Nesse acontecimento, as vítimas continuavam a defender seus captores mesmo depois dos seis dias de prisão física terem terminado e mostraram um comportamento reticente nos processos judiciais que se seguiram. O termo foi cunhado pelo criminólogo epsicólogo Nils Bejerot, que ajudou a polícia durante o assalto, e se referiu à síndrome durante uma reportagem. Ele foi então adotado por muitos psicólogos no mundo todo.
É importante observar que o processo da síndrome ocorre sem que a vítima tenha consciência disso. A mente fabrica uma estratégia ilusória para proteger apsique da vítima. A identificação afetiva e emocional com o sequestrador acontece para proporcionar afastamento emocional da realidade perigosa e violenta a qual a pessoa está sendo submetida. Entretanto, a vítima não se torna totalmente alheia à sua própria situação, parte de sua mente conserva-se alerta ao perigo e é isso que faz com que a maioria das vítimas tente escapar do sequestrador em algum momento, mesmo em casos de cativeiro prolongado.
Este parágrafo está em negrito pois define muito bem a história desse livro na minha visão.
Mas vamos ao que interessa, Sheila Rogers é a protagonista mimada desta história, ela é rica, linda, tem todos os homens aos seus pés, mas está apaixonada por um que justamente não faz isso, um jovem chamado Brad Townsend, super ambicioso que está interessado somente na sua grana. Então Sheila num momento de impulso e rebeldia, daquele tipo sem causa, resolve fugir para o México com o namorada e lá os dois se casam, na noite de núpcias, a jovem esposa descobre o verdadeiro caráter do marido. Ciente do que fez Sheila, não sabe o que fazer, só pensa estar muito arrependida, para piorar ainda mais a situação, seu marido resolve viajar pelas estradas sombrias do México e isso, não termina bem, seu marido é assassinado por um grupo de assaltantes, pois tentava reagir e Sheila, acaba sequestrada por eles. Então nesta parte a história começa de verdade. Sheila, de forma bem articulada lutou por sua vida, e consegue que eles a levem para o acampamento deles, mas antes ela sofre um bocado, Juan Ortega tenta estuprá-la, e conhece também Laredo e Ráfaga (protagonista da história e líder do bando). Sheila então se transforma de menina mimada, a mulher corajosa. No início da história ela se aproxima de Laredo, pois acha que ele é o único que fala inglês da turma de mexicanos. Laredo é bacana mais reservado, um bandido, por legítima defesa que acabou caindo no bando de guerrilheiros que assaltam cadeias. Porém quem manda ali é Ráfaga, com seus olhos negros e cabelos escuros, o líder e revolucionário homem. Ráfaga é um "bandido", um homem com instinto revolucionário e a autora não fez nada para alterar a imagem dele disto que eu citei. Ele lidera uma aldeia no qual vive pessoas com os pensamentos dele, uma vila independente e que não gera impostos para o governo e por isso é clandestina.
Eu achei sinceramente que faltou algumas explicações em torno de Ráfaga, como ele foi parar naquele tipo de vida, sua origem, não queria algo que justificasse o fato dele estar nessa vida, mas alguma coisa que desvendasse o mistério dele, como o que Laredo contou. Fiquei com uma pulga atrás da orelha sobre quem era Ráfaga.
O romance dos dois é explosivo no sentido sexual, porque eu não vi amor demais ali não viu, somente uma química bem forte. Temos também a situação clara da Síndrome de Estocolmo, Sheila tentou se adaptar ao meio com medo do que poderia acontecer com ela e acho que ela deixou se levar por Ráfaga inicialmente por esse motivo.
Quanto as criticadas cenas de violência o quase estupro eu ainda acho um absurdo tremendo, mas eram um grupo de marginais revolucionários. Sobre os castigos, são como as leis que matém um lugar funcionando, é uma coisa cruel, sim mas serve para impor medo nas pessoas, então em parte eu achei coerente o castigo da Sheila, embora não seja uma coisa boa de se ler.
O final da história, fez muita gente ficar com raiva eu sei, mas eu achei ele quase que a melhor parte do livro, dado o estilo de vida dos personagens, não tinha como ter um happy end bonitinho, era melhor como foi.
Nessa minha segunda leitura em confesso que consegui enfim engolir o livro, ainda acho ruim, e os protagonistas no meu ponto de vista não são carismáticos, mas dado o tema da história, acho que vale a leitura pela polêmica do debate.
Sobre o amor entre os protagonistas,quero falar algumas questões pessoais, eu não acho o tema desse livro um bom argumento para começar uma história de amor e acho que no final da história ela tinha que ter tido mais considerações pelos pais. Mas é um tema que as pessoas em geral costumam gostar, pois apresenta a dominação em pauta.